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- Maré
viva: Cesária Évora.
A decisão da academia norte-americana da música foi conhecida
em Janeiro: à quarta nomeação consecutiva, a grande
cantora de Cabo Verde ganhou o mais importante prémio da indústria
musical mundial, o Grammy, na categoria de “World Music contemporânea”.
Entretanto, a França atribuiu-lhe a medalha de oficial da Ordem
das Artes e das Letras. É mais uma distinção a
juntar às várias que já recebeu, de que se destacam
a medalha da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em Portugal.
Embora tarde, a fama e o proveito sempre chegaram para esta mulher que,
mais do que jovens como Dulce Pontes, Teresa Salgueiro, Mísia
ou Mariza, é muito provavelmente a verdadeira herdeira de Amália
Rodrigues enquanto cantora suprema da lusofonia.
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- Maré
cheia: Selecção
Nacional de Râguebi.
Ao
vencer em Março a Rússia por 19-18, Portugal conquistou
o Torneio Europeu das Nações B, ficando à frente
também da Roménia, da Geórgia, da República
Checa e da Espanha – a quem vencera antes por 35-19 em Ibiza,
atirando “nuestros hermanos” para a terceira divisão
do râguebi europeu! Trata-se, na verdade, da segunda divisão
europeia desta modalidade – a primeira é o Torneio das
Seis Nações (que já foi de cinco e de quatro...)
e que reúne Escócia, Inglaterra, País de Gales,
Irlanda, França e Itália. Todavia, tal não diminui
o brilhantismo nem o orgulho por este notável feito desta selecção
que também
é de todos nós.
E que venham as outras seis!
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Maré
baixa:
Agência Portuguesa de Investimento. A API foi criada pelo actual
Governo com o objectivo de captar mais investimento estrangeiro para
o nosso país e manter o existente, procurando simultaneamente
diminuir a burocracia e racionalizar a legislação e
os apoios relativos à actividade empresarial. Porém,
dois anos depois, o balanço é desanimador; a entrada
de capitais exteriores no nosso país diminuiu drasticamente
– embora tal deva ser apontado à recessão internacional
e nem tanto à (falta de) acção da agência;
esta, entretanto, tem sido determinante para a concretização
do “Projecto Pininfarina”, mas nada fez (que se saiba)
para obstar à saída da Bombardier de Portugal. Além
de que é muito controverso e contraproducente – para
dizer o mínimo – ouvir Miguel Cadilhe, o seu presidente,
contestar a organização do Euro 2004... e da Expo 98!
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vazia: Sport Lisboa e Benfica.
O clube da (pouca) Luz terminou a época europeia de 2003/2004
da mesma forma que a começou - sofrendo quatro golos de uma equipa
italiana (primeiro a Lazio, depois o Inter de Milão) em baixo
de forma que até então tinha vindo a acumular desaires.
E na época de 2004/2005 houve repetição: pela segunda
vez consecutiva os encarnados falharam o apuramento para a Liga dos
Campeões, desta vez com os belgas do Anderlecht. De facto, não
há melhor que o Benfica para levantar a moral de qualquer adversário!
Este tem sido, realmente, um ano de centenário em cheio... não
faltam motivos para “comemorar”! Incompetência, ineficiência,
impotência: estes são os verdadeiros “valores”
de um emblema que já foi o “Glorioso” mas que agora
é apenas o “Vergonhoso”. O lema “sucesso que
fala português” não se aplica à agremiação
da águia (depenada): actualmente, o SLB constitui, efectivamente,
o maior caso de fracasso em Portugal.
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